Conta de água em SP vai subir 15,24% em junho 2015

Conta de água em SP vai subir 15,24% em junho

A conta de água e esgoto da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ficará 15,24% mais cara a partir de junho. O reajuste extraordinário por causa da crise hídrica foi definido nesta segunda-feira (4) pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo) e supera os 13,8% autorizados preliminarmente em abril pelo órgão.
Segundo a Arsesp, foi autorizado um reajuste de 7,78% sobre as tarifas vigentes referentes à correção inflacionária e atualização do reajuste anterior e 6,91% referente à revisão extraordinária por causa do aumento de custo da energia elétrica e da queda de consumo de água durante a crise em 2014.
Os novos valores poderão ser aplicados 30 dias após a publicação da deliberação no Diário Oficial do Estado, que deve ocorrer nesta terça-feira (5).
Em abril, a Sabesp manifestou publicamente que queria aumento de 22,7% na tarifa de água e esgoto para "garantir o equilíbrio econômico-financeiro" da companhia em meio à pior crise de estiagem em 85 anos.
Entidades ligadas à defesa do consumidor, do meio ambiente e à indústria criticaram a possibilidade de reajuste acima da inflação durante audiência pública no mês passado.
Trata-se do maior reajuste na tarifa de água da Sabesp ao menos desde 2003.
O último reajuste, de 6,5%, foi aplicado em dezembro, após a companhia ter adiado sua aplicação, que seria em maio, por determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição em outubro do ano passado.
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Torneiras secam em São Paulo13 fotos

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Um pier para barcos fica totalmente aparente após as águas baixarem no sistema Cantareira, importante reservatório de água da região metropolitana de São Paulo, em Joanópolis. Especialistas dizem que as origens da crise vão além da recente seca e incluem uma série de fatores interligados: crescimento populacional, um sistema sujeito a vazamentos, poluição notória nos rios da cidade e a destruição das florestas -que diminui a capacidade de liberar umidade no ar e reduz as chuvas no Sudeste



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Nível baixo do reservatório Atibainha, do sistema Cantareira, é percebido pela marca de água na ponte; desmatamento do Rio Amazonas, a centenas de quilômetros de São Paulo, pode estar contribuindo para a seca. Ao se cortar a floresta, sua capacidade de liberar umidade no ar é reduzida, diminuindo as chuvas no Sudeste Leia mais Mauricio Lima/The New York Times

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