Alunos trocam festa por solidariedade com moradores de rua
Quatro estudantes de jornalismo da USC e uma aluna do ensino médio se uniram com o intuito de cozinhar para os moradores de rua de Bauru
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Vitória Palmejani Augusto, Adham Felipe Marin, Samantha Ciuffa e Natália Lemos Lima |
Uma atitude que não muda o mundo, mas consegue transformar o mundo de alguém. Quatro estudantes de jornalismo da Universidade Sagrado Coração (USC) e uma aluna do ensino médio resolveram se unir para levar comida, além de calor humano, aos moradores de rua de Bauru. Duas vezes por semana, os cinco jovens trocam as festas de república e as reuniões de amigos pela solidariedade.
O responsável por dar início à ação é o estudante do terceiro ano de jornalismo Adham Felipe Marin, 20 anos. Sob influência do avô, o jovem procura ajudar o próximo há, pelo menos, cinco anos. Contudo, no último mês de junho, ele resolveu se unir à aluna do ensino médio Julia Biondi, 16 anos, com o objetivo de cozinhar para os moradores de rua. Os dois solicitaram a doação de mantimentos via Facebook e entregaram marmitas durante dois finais de semana.
Em outra ocasião, os amigos resolveram levar cobertores aos moradores de rua, que também pediram as marmitas. Nessa ocasião, eles compraram pães, mortadela e refrigerantes para evitar deixá-los com fome. Como um centro espírita, um grupo católico e um empresário entregam marmitas às sextas, segundas e terças, respectivamente, Adham percebeu que teria de preencher o vazio das quartas e quintas-feiras.
Os voluntários auxiliam os moradores de rua em diversos pontos, principalmente, próximo ao Terminal Rodoviário e nas regiões do Jardim Bela Vista, do Centro e da Hípica. Estabelecidos os locais e as datas, o passo seguinte era conquistar mais ajudantes. Não demorou muito para que outras pessoas aderissem à causa. Além de Adham e Julia, a iniciativa já conta com a ajuda de Natalia Lemos Lima, 20 anos, Samantha Ciuffa, 20, e Vitória Palmejani Augusto, 19.
“Já cheguei a desistir de ir às festinhas, mas, às vezes, a gente sai depois de entregar as marmitas, já de madrugada. Só fico triste quando vejo a condição desumana de algumas pessoas”, acrescenta a estudante do terceiro ano de jornalismo Samantha Ciuffa. Já a colega de sala da garota reforça que o lado mais bonito do curso é o fato de exercer uma função social. “Sempre gostei de ajudar”, justifica.
De volta ‘às raízes’
Ainda que jovens, os cinco voluntários têm uma coletânea de histórias para contar e a trajetória de vida do baiano Luciano chamou a atenção. Diante da perspectiva de subir na vida, o homem deixou Salvador e chegou a Bauru há três anos. Todavia, antes de alcançar o que sonhava, acabou desempregado e desalojado. Ele considera como casa a ponte do cruzamento entre a avenida Nuno de Assis e a rua Araújo Leite, na região central, às margens do Rio Bauru.
Os destinos de Luciano e do grupo de amigos se entrelaçaram recentemente. Os cinco descobriram que o sonho atual do morador de rua se restringe a voltar “às raízes” para reencontrar a família. Sensibilizados diante do desejo do baiano, o grupo conseguiu angariar R$ 500,00, quantia necessária para uma passagem só de ida à terra do axé ao rifar uma bolsa de marca.
Inclusive, o estudante Adham descreve, em sua página do Facebook que, quando Luciano recebeu a notícia, “não conteve as lágrimas e, em prece, caiu de joelhos, ali mesmo, no asfalto, prometendo subir de joelhos a escada da Catedral do Senhor do Bonfim, assim que colocar os pés em Salvador”. “Nós só percebemos o quanto temos quando doamos a alguém que pouco tem”, acrescenta a estudante do segundo ano de jornalismo da USC Vitória Palmejani Augusto.
O responsável por dar início à ação é o estudante do terceiro ano de jornalismo Adham Felipe Marin, 20 anos. Sob influência do avô, o jovem procura ajudar o próximo há, pelo menos, cinco anos. Contudo, no último mês de junho, ele resolveu se unir à aluna do ensino médio Julia Biondi, 16 anos, com o objetivo de cozinhar para os moradores de rua. Os dois solicitaram a doação de mantimentos via Facebook e entregaram marmitas durante dois finais de semana.
Em outra ocasião, os amigos resolveram levar cobertores aos moradores de rua, que também pediram as marmitas. Nessa ocasião, eles compraram pães, mortadela e refrigerantes para evitar deixá-los com fome. Como um centro espírita, um grupo católico e um empresário entregam marmitas às sextas, segundas e terças, respectivamente, Adham percebeu que teria de preencher o vazio das quartas e quintas-feiras.
Os voluntários auxiliam os moradores de rua em diversos pontos, principalmente, próximo ao Terminal Rodoviário e nas regiões do Jardim Bela Vista, do Centro e da Hípica. Estabelecidos os locais e as datas, o passo seguinte era conquistar mais ajudantes. Não demorou muito para que outras pessoas aderissem à causa. Além de Adham e Julia, a iniciativa já conta com a ajuda de Natalia Lemos Lima, 20 anos, Samantha Ciuffa, 20, e Vitória Palmejani Augusto, 19.
“Já cheguei a desistir de ir às festinhas, mas, às vezes, a gente sai depois de entregar as marmitas, já de madrugada. Só fico triste quando vejo a condição desumana de algumas pessoas”, acrescenta a estudante do terceiro ano de jornalismo Samantha Ciuffa. Já a colega de sala da garota reforça que o lado mais bonito do curso é o fato de exercer uma função social. “Sempre gostei de ajudar”, justifica.
De volta ‘às raízes’
Ainda que jovens, os cinco voluntários têm uma coletânea de histórias para contar e a trajetória de vida do baiano Luciano chamou a atenção. Diante da perspectiva de subir na vida, o homem deixou Salvador e chegou a Bauru há três anos. Todavia, antes de alcançar o que sonhava, acabou desempregado e desalojado. Ele considera como casa a ponte do cruzamento entre a avenida Nuno de Assis e a rua Araújo Leite, na região central, às margens do Rio Bauru.
Os destinos de Luciano e do grupo de amigos se entrelaçaram recentemente. Os cinco descobriram que o sonho atual do morador de rua se restringe a voltar “às raízes” para reencontrar a família. Sensibilizados diante do desejo do baiano, o grupo conseguiu angariar R$ 500,00, quantia necessária para uma passagem só de ida à terra do axé ao rifar uma bolsa de marca.
Inclusive, o estudante Adham descreve, em sua página do Facebook que, quando Luciano recebeu a notícia, “não conteve as lágrimas e, em prece, caiu de joelhos, ali mesmo, no asfalto, prometendo subir de joelhos a escada da Catedral do Senhor do Bonfim, assim que colocar os pés em Salvador”. “Nós só percebemos o quanto temos quando doamos a alguém que pouco tem”, acrescenta a estudante do segundo ano de jornalismo da USC Vitória Palmejani Augusto.
Corrente do bem
Outra história emocionante é a do morador de rua Valmir, que, aos 15 anos, resolveu sair de casa, em Porto Alegre, para conhecer o mundo e, de fato, o fez. Ele já passou por diversos países, mas acabou caindo em Bauru, onde se casou e teve dois filhos. O matrimônio não durou e Valmir optou por viver nas ruas, porque tinha vergonha de beber em frente aos filhos. O desejo do morador de rua se assemelha ao do baiano Luciano: retornar “às raízes”.
Mas o que mais chamou a atenção na história de Valmir é que, certa vez, quando o grupo de amigos entregava marmitas aos moradores de rua, ele recebeu a sua. Porém, o homem cedeu o prato a outro que havia acabado de chegar, justo na hora em que não havia mais marmitas. “Eles também têm fome de calor humano, porque são tratados como se fossem invisíveis, mas não são”, finaliza Adham.
Outra história emocionante é a do morador de rua Valmir, que, aos 15 anos, resolveu sair de casa, em Porto Alegre, para conhecer o mundo e, de fato, o fez. Ele já passou por diversos países, mas acabou caindo em Bauru, onde se casou e teve dois filhos. O matrimônio não durou e Valmir optou por viver nas ruas, porque tinha vergonha de beber em frente aos filhos. O desejo do morador de rua se assemelha ao do baiano Luciano: retornar “às raízes”.
Mas o que mais chamou a atenção na história de Valmir é que, certa vez, quando o grupo de amigos entregava marmitas aos moradores de rua, ele recebeu a sua. Porém, o homem cedeu o prato a outro que havia acabado de chegar, justo na hora em que não havia mais marmitas. “Eles também têm fome de calor humano, porque são tratados como se fossem invisíveis, mas não são”, finaliza Adham.
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