Alex Mita |
Na tarde dessa segunda (4), alunos e funcionários da autoescola foram até a CPJ para denunciar o caso |
A Polícia Civil de Bauru investiga suposto estelionato cometido por proprietários de uma autoescola que fechou nas últimas semanas sem comunicação prévia, deixando funcionários e alunos “na mão” em Bauru. Localizada na quadra 12 da avenida Rodrigues Alves, a Autoescola Preferencial teria fechado as portas no dia de 18 de dezembro para férias coletivas com a promessa de retornar as aulas nessa segunda (4), o que não aconteceu. Revoltados, trabalhadores e clientes registraram boletins de ocorrência (BO) contra a empresa na Central de Polícia Judiciária (CPJ) no mesmo dia.
“Os proprietários nos deram férias coletivas no dia 18 de dezembro e sumiram sem falar nada três dias depois, data em que estava combinado o pagamento do nosso décimo terceiro. O prédio está vazio, os carros e as motos desapareceram. Em consulta das placas no Detran de Bauru soubemos da abertura de processos de indicação de venda de alguns veículos”, afirma Alexandre Carvalho, gerente comercial da autoescola há dois anos.
Segundo ele, os responsáveis pela unidade não atendem mais aos telefonemas dos funcionários e teriam mudado de residência na última semana de 2015, segundo vizinhos.
O JC tentou contato com os nomes indicados pelo gerente, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas até o fechamentoo final dessa segunda (4). Também não houve resposta ao e-mail enviado no contato existente no site da empresa.
Há aproximadamente 15 anos no mercado, a Autoescola Preferencial, que era credenciada junto ao Departamento Estadual de Transito (Detran), possuiria 18 funcionários entre secretários e instrutores e estaria com cerca de 120 alunos matriculados atualmente.
Sem comunicação
Em conversa com funcionários de outra unidade da mesma autoescola em Presidente Prudente, Alexandre diz que a unidade também foi fechada pelos proprietários sem nenhum tipo de comunicação prévia aos trabalhadores e alunos ou até mesmo ao Detran, assim como, de acordo com ele, ocorreu em Bauru.
“Não há nenhuma abertura de falência ou pedido de descredenciamento. Pelo contrário, a escola estava financeiramente bem, com vários alunos matriculados e com o retorno das aulas marcado. Eles chegaram até a falar em renovação da frota de veículos”, detalha Alexandre.
O gerente comercial diz que levou o caso ao Ministério Público do Trabalho e que irá ingressar com pedido de desligamento indireto da empresa, assim que o fechamento da empresa for comprovado.
“Os processos de alguns alunos não foram protocolados no Detran, mas os que foram poderão ser transferidos para outras escolas, mas os alunos terão que pagar de novo por aulas que ainda não tinham feito”, conclui Alexandre Carvalho.
Estelionato
Em entrevista à reportagem, o delegado plantonista Frederico José Simão informou que cerca de 20 boletins de ocorrência já foram registrados sobre o caso. Ele explica ainda que o caso seguirá sob investigação da Polícia Civil. “Se comprovado o crime de estelionato, os proprietários da empresa podem ser condenados a cumprir de um a cinco anos de prisão, mas isso se realmente não houver falência decretada e se a má fé for comprovada”, complementa o delegado.
Alunos relatam prejuízo
“Era uma autoescola antiga e que tinha nome na cidade, jamais pensei que isso fosse acontecer”. A frase de Reginaldo José Cinel, de 29 anos, resume a indignação dos alunos da Preferencial presentes ontem na Central de Polícia Judiciária. “Paguei três parcelas de R$ 286,00 e ainda faltava outras três. Não dá para acreditar que voltei à estaca zero”, reclama Cinel.
O mesmo apontamento era feito pela analista de logística Letícia Goulart de Mattos, de 33 anos. “Eu preciso da habilitação para poder trabalhar, paguei R$ 1.100,00 à vista para eles. O Detran disse que eu até consigo aproveitar o exame teórico, mas terei que pagar de novo pelas aulas práticas”, completa.
Conforme o JC apurou, varia de R$ 1.100,00 a R$ 1.500,00 o prejuízo relatado pela maioria dos alunos da Preferencial nos BOs registrados. Como o sistema online da delegacia oscilou nessa segunda o dia todo, eles levaram quase sete horas para registrar os boletins contra a autoescola.
“Os proprietários nos deram férias coletivas no dia 18 de dezembro e sumiram sem falar nada três dias depois, data em que estava combinado o pagamento do nosso décimo terceiro. O prédio está vazio, os carros e as motos desapareceram. Em consulta das placas no Detran de Bauru soubemos da abertura de processos de indicação de venda de alguns veículos”, afirma Alexandre Carvalho, gerente comercial da autoescola há dois anos.
Segundo ele, os responsáveis pela unidade não atendem mais aos telefonemas dos funcionários e teriam mudado de residência na última semana de 2015, segundo vizinhos.
O JC tentou contato com os nomes indicados pelo gerente, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas até o fechamentoo final dessa segunda (4). Também não houve resposta ao e-mail enviado no contato existente no site da empresa.
Há aproximadamente 15 anos no mercado, a Autoescola Preferencial, que era credenciada junto ao Departamento Estadual de Transito (Detran), possuiria 18 funcionários entre secretários e instrutores e estaria com cerca de 120 alunos matriculados atualmente.
Sem comunicação
Em conversa com funcionários de outra unidade da mesma autoescola em Presidente Prudente, Alexandre diz que a unidade também foi fechada pelos proprietários sem nenhum tipo de comunicação prévia aos trabalhadores e alunos ou até mesmo ao Detran, assim como, de acordo com ele, ocorreu em Bauru.
“Não há nenhuma abertura de falência ou pedido de descredenciamento. Pelo contrário, a escola estava financeiramente bem, com vários alunos matriculados e com o retorno das aulas marcado. Eles chegaram até a falar em renovação da frota de veículos”, detalha Alexandre.
O gerente comercial diz que levou o caso ao Ministério Público do Trabalho e que irá ingressar com pedido de desligamento indireto da empresa, assim que o fechamento da empresa for comprovado.
“Os processos de alguns alunos não foram protocolados no Detran, mas os que foram poderão ser transferidos para outras escolas, mas os alunos terão que pagar de novo por aulas que ainda não tinham feito”, conclui Alexandre Carvalho.
Estelionato
Em entrevista à reportagem, o delegado plantonista Frederico José Simão informou que cerca de 20 boletins de ocorrência já foram registrados sobre o caso. Ele explica ainda que o caso seguirá sob investigação da Polícia Civil. “Se comprovado o crime de estelionato, os proprietários da empresa podem ser condenados a cumprir de um a cinco anos de prisão, mas isso se realmente não houver falência decretada e se a má fé for comprovada”, complementa o delegado.
Alunos relatam prejuízo
“Era uma autoescola antiga e que tinha nome na cidade, jamais pensei que isso fosse acontecer”. A frase de Reginaldo José Cinel, de 29 anos, resume a indignação dos alunos da Preferencial presentes ontem na Central de Polícia Judiciária. “Paguei três parcelas de R$ 286,00 e ainda faltava outras três. Não dá para acreditar que voltei à estaca zero”, reclama Cinel.
O mesmo apontamento era feito pela analista de logística Letícia Goulart de Mattos, de 33 anos. “Eu preciso da habilitação para poder trabalhar, paguei R$ 1.100,00 à vista para eles. O Detran disse que eu até consigo aproveitar o exame teórico, mas terei que pagar de novo pelas aulas práticas”, completa.
Conforme o JC apurou, varia de R$ 1.100,00 a R$ 1.500,00 o prejuízo relatado pela maioria dos alunos da Preferencial nos BOs registrados. Como o sistema online da delegacia oscilou nessa segunda o dia todo, eles levaram quase sete horas para registrar os boletins contra a autoescola.
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