Segundo resultados preliminares, economista venceu filha de ex-ditador peruano com margem de 0,2 pontos percentuais
Pedro Pablo Kuczynski posa junto a eleitores durante comício realizado na cidade de Arequipa
Na mais acirrada eleição da história do Peru, o economista Pedro Pablo Kuczynski venceu a rival Keiko Fujimori por uma margem de 0,2 pontos percentuais, em resultado conhecido quando mais de 98% das urnas já haviam sido contabilizadas. De acordo com o Instituto Ipsos, a vitória, por 50,1% a 49,19% é irreverssível.
A diferença que separava os dois na contagem final dos votos era de pouco mais de 50 mil votos. De acordo com Alfredo Torres, presidente do Ipsos, para reverter a vantagem, Keiko precisaria obter mais de 70% dos votos em quase todas as atas que faltavam processar na manhã desta quarta-feira (8), o que ele considera "materialmente impossível".
O Nobel de Literatura peruano Mario Vargas Llosa, crítico do fujimorismo – Keiko é filha do ex-ditador peruano Alberto Fujimori –, afirmou em Madri que a "esperança é que a ligeira vantagem que tinha Pedro Pablo Kuczynski se confirmasse" já que a candidata é "filha de um dos piores ditadores que tivemos em nossa história".
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Cerca de 1,1% das cédulas escritas à mão recebidas nos centros de votação foram impugnadas e enviadas a um júri eleitoral especial para que se decida sobre a validade desses votos e, depois disso, voltem ou não a ser contabilizados pelo organismo eleitoral.
A vitória de Kuczynski é surpreendente visto que Fujimori venceu no primeiro turno, em abril, e liderava as pesquisas anteriores à votação do último domingo (5), ainda que com margem estreita.
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