Grandes veículos internacionais noticiaram nesta segunda-feira (29) o discurso inicial de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff na sessão do Senado. El Pais e Le Monde ressaltaram que Dilma denuncia um golpe de Estado, já o Guardian relembrou seu passado de guerrilheira e disse que ela foi com a mesma força para a “luta” no Senado. O The New York Times afirmou que a defesa da presidente hoje é sua última cartada.
Para o veículo espanhol, a presidente afastada “sabe que só um milagre a salva, que está tudo perdido. Ou quase”. Seu discurso, em tom duro e emocionante, de acordo com o jornal, apelou para os sentimentos, seu caráter e trajetória política. “Rousseff não se dirigiu apenas seu discurso aos senadores, mas sim ao país inteiro, aos livros de história, ao seu próprio retrato e à sua própria biografia”, afirmou o texto.
O jornal francês Le Monde trouxe uma matéria na tarde desta segunda cuja manchete diz: “Brasil: Dilma Rousseff denuncia ‘golpe de Estado’ em seu processo de destituição”. O texto repete a fala utilizada no El Pais, de que a presidente não estaria defendendo o mandato, mas sim a justiça. Além disso, Le Monde pontuou que Dilma clama por sua inocência e denuncia um complô por seu ex-presidente, Michel Temer - “agora rival”, denominou o jornal.
O inglês The Guardian diz que Dilma chegou lutando em sua defesa no impeachment nesta segunda. O texto trouxe a fala da presidente de que não daria para trás nem teria medo de se defender hoje e lembrou de seu passado de guerrilheira marxista e de tortura na ditadura militar. “Mesmo que seja grande a expectativa que ela perca na fase final do impeachment, que deve ocorrer nos próximos dois dias”, lembra o veículo britânico.
Já o The New York Times chama a defesa de Dilma como última cartada para defender seu mandato. O título ressalta que Dilma disse que não seria silenciada no seu julgamento. “Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes”, cita a presidente. O jornal lembrou que ela está sendo acusada pelas “pedalas fiscais” e que Michel Temer assumiria, caso Dilma fosse permanentemente afastada.
“‘Se o contrato político com o povo for rompido, então qualquer contrato poderá ser rompido’, disse Roussef, argumentando que sua saída aumentaria os riscos de investimentos em um país que presidentes podem ser retirados com facilidade”, afirmou o New York Times.
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