Pré-candidato do PDT ao Planalto pode ser uma alternativa aos petistas em 2018, caso Lula se torne inelegível por causa da Lava-Jato
Pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, voltou a exercitar uma das suas principais características: a metralhadora verbal contra tudo e todos. Durante entrevista nesse domingo (9/10), no Festival Piauí GloboNews de Jornalismo, o pedetista disse que o PT não está morto. Mas foi bastante crítico em relação ao ex-presidente Lula. “O Lula se descolou da realidade, começou a brincar de Deus e se queimou”. Emendou em seguida: “Qual foi a reforma que o Lula propôs para todo o país fora a tomada de 3 pinos?”
Matéria publicada nesse domingo (9/10) no Correio mostrou que, com a derrota fragorosa nas eleições municipais e o risco concreto de o ex-presidente Lula ser preso pelo desdobramento das investigações da Operação Lava-Jato, setores do PT defendem que a legenda abra mão da candidatura própria ao Planalto em 2018. Neste momento, o nome que mais se enquadraria no segmento da esquerda seria Ciro. Mesmo que não seja detido pelo juiz Sérgio Moro, o receio de correligionários de Lula é de que ele se torne inelegível por conta da Lei da Ficha Limpa.
Matéria publicada nesse domingo (9/10) no Correio mostrou que, com a derrota fragorosa nas eleições municipais e o risco concreto de o ex-presidente Lula ser preso pelo desdobramento das investigações da Operação Lava-Jato, setores do PT defendem que a legenda abra mão da candidatura própria ao Planalto em 2018. Neste momento, o nome que mais se enquadraria no segmento da esquerda seria Ciro. Mesmo que não seja detido pelo juiz Sérgio Moro, o receio de correligionários de Lula é de que ele se torne inelegível por conta da Lei da Ficha Limpa.
Um dos problemas levantados entre os petistas é a incerteza se Ciro, de fato, conseguirá se viabilizar como candidato do PDT. As constantes trocas de partido — ele já foi filiado a sete legendas — assustam. Mas assegurou que tem uma relação de amizade consolidada com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o que lhe garantiria a candidatura ao Planalto. Preocupa também a personalidade forte, que faz com que ele se perca nas palavras e nos ataques. “Eu chamei o Eduardo Cunha de ladrão a quatro metros dele quando a população ainda não sabia quem ele era. É o tipo de confronto que eu faço. O Brasil vai ter que escolher entre a minha elegância e a do João Doria. Não vou vender minha alma para ser presidente do Brasil”, afirmou.
Ele também criticou a recorrente negação da política: “Negar a política é sinônimo de fascismo. A população está sendo enganada pela ideia de que a política se faz por não políticos”. Disse, ainda, que a direita tem saído cada vez mais do armário. “Bolsonaro pegou 8% do eleitorado fascistoide que votava escondido no PSDB e agora vota nele.”
Haddad
Em São Paulo, um evento organizado pela militância petista na Avenida Paulista tenta dar uma sobrevida à legenda no estado. Um grupo de simpatizantes praticamente lançou o prefeito Fernando Haddad como candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes em 2018. Embora o próprio Haddad não tenha se lançado como candidato e nem falado como tal em nenhum momento, o colega de partido e vereador eleito Eduardo Suplicy deu dicas.
Ele chegou a dizer, durante seu discurso para o público que acompanhava o evento, que ele vai trabalhar nos próximos dois anos e percorrer o Estado com Haddad para que ele seja governador. Os parentes de Haddad também não assumem uma candidatura ao governo do Estado, mas não descartam essa possibilidade. “Força política, ele tem, mas agora vai depender se ele quer ou não”, disse a irmã do prefeito, Lúcia Haddad. A mãe dele, Norma Haddad, disse não saber qual será o futuro político do filho, mas afirmou que ele está muito convicto do que fez. Apesar de admitir que sua legenda, o PT, o atrapalhou nessas eleições, disse que o filho é “suprapartidário”.
Além dos gritos de governador, havia também cartazes com dizeres “Haddad governador”. O evento, que foi agendado por meio de redes sociais, reuniu centenas de pessoas que ocuparam a Avenida Paulista no espaço em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Doria revê velocidade
Três dias após ser alvo do primeiro protesto de ciclistas contra o fim anunciado do programa de expansão das ciclovias, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), resolveu pedalar ontem e, pressionado por cicloativistas, admitiu que poderá manter a velocidade máxima a 50 km/h em alguns pontos da pista local das marginais.
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