Diretor da PF diz a policiais que é preciso tomar cuidado com a imagem das corporações e que prisão de Newton Ishii custou "caro" ao órgão
“Eu fiquei com medo de ele vender a imagem, abrindo uma coca-cola”, disse Daiello em evento da Polícia Civil gaúcha, em 13 de outubro em Gramado (RS). “Todo mundo: “Olha, o japonês toma coca-cola... Ofereceram óculos escuros para ele colocar.”
Daiello contou que as aparições de Ishii não foram planejadas e que ele trabalhava apenas porque havia uma ordem judicial para retomar o seu posto, apesar de ser réu na Justiça por parte da Operação Sucuri. Para o diretor geral, a população da imagem do Japonês se deveu à internet. “A internet nos matou. Não foi o jornal, não foi a Rede Globo. Foram três fotos e dê-lhe internet nele. Chamei meu chefe de comunicação social: ‘Por que eu não fiquei tão bonito como o Japonês, rapaz?’.”
Segundo o diretor geral, a imagem da PF ficou arranhada com a prisão de Ishii após uma condenação judicial. “Cuidado com a imagem, senhores, porque nos saiu caro quando ele foi condenado”, afirmou Daiello aos policiais civis. “Nos saiu caro quando nós o tiramos ele da escolta, porque cometemos o equívoco imaginar que a escolta do preso seria a coisa mais importante da operação, e foi, senhores. Isso é complexo.”
Hoje, Ishii continua trabalhando na PF. Ele foi condenado mas não cumpre detenção em regime fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário