138 pessoas foram mortas desde o dia 4; mulheres dizem que seguem ato.
Parte dos policiais militares do Espírito Santo voltou às ruas da Grande Vitória para fazer o policiamento no 8º dia da crise de segurança no estado. Segundo as autoridades, 600 PMs voltaram à atividade no fim da tarde após um chamado da corporação.
Estes policiais estão nas ruas de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Cachoeiro. Ainda não foi divulgado o resultado do chamado operacional em outros municípios do estado, mas já se sabe que o policiamento voltou em algumas cidades, ao menos parcialmente.
Em alguns pontos da cidade a tropa compareceu em maior número, pronta para voltar ao trabalho. Apesar disso, as mulheres de PMs que realizam atos nos batalhões dizem que as manifestações continuam.
Helicóptero retira PMs
O comando da Polícia Militar está utilizando helicópteros para retirar PMs do Quartel do Comando Geral na Grande Vitória (ES). Eles desembarcam na Rodoviária de Vitória e seguem para o policiamento da capital. Até as 20h30, 70 policiais já tinham sido transportados desta forma.
O comando da Polícia Militar está utilizando helicópteros para retirar PMs do Quartel do Comando Geral na Grande Vitória (ES). Eles desembarcam na Rodoviária de Vitória e seguem para o policiamento da capital. Até as 20h30, 70 policiais já tinham sido transportados desta forma.
Antes de saber que parte dos policiais voltaria ao trabalho, moradores de Vitória tentaram retomar a rotina. Mesmo com um certo receio, pessoas começaram a voltar às ruas – na praia do Camburi, houve uma movimentação um pouco maior durante a tarde.
Desde o início da crise, no dia 4 de fevereiro, 138 pessoas foram mortas no estado - 40 casos aconteceram em apenas um dia.
Ajuda externa
Mais de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança continuam atuando no estado – número maior que o dos PMs que patrulham o Espírito Santo diariamente. São soldados experientes, muitos participaram de operações especiais no Haiti, e sabem como lidar com situações extremas.
Mais de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança continuam atuando no estado – número maior que o dos PMs que patrulham o Espírito Santo diariamente. São soldados experientes, muitos participaram de operações especiais no Haiti, e sabem como lidar com situações extremas.
Apesar da volta, ainda não se sabe como os policiais que pararam serão punidos. O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, alertou que não há nenhuma possibilidade de anistia aos policiais que estão parados no estado. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que estuda a possibilidade de pedir a federalização de crimes como o de motim.
Movimento
Na sexta-feira (10), representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado. Entretanto, os policiais não voltaram às ruas nesta manhã.
Na sexta-feira (10), representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado. Entretanto, os policiais não voltaram às ruas nesta manhã.
Assim que foi divulgado, as mulheres de PMs que estão em frente aos quartéis reclamaram que não foram ouvidas e continuaram em frente aos quartéis.
Policiais dizem que não saem para o trabalho porque são impedidos pelas mulheres e familiares. Mas, segundo nossa apuração, coordenadores das forças militares e autoridades governamentais não dão credibilidade a isso pois acreditam que os PMs usam os familiares para tentar escapar de punição.
Um vídeo exibido pela GloboNews mostra mulheres revoltadas com os policiais que voltaram ao trabalho. "Vocês são uns covardes. Nós estamos dando a nossa cara a tapa por vocês. Eu posso ser presa por causa de vocês. Vocês são uma vergonha", diz a mulher.
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