BnR. Nova fase da Lava-Jato faz buscas em dois estados e no Distrito Federal

Entre os alvos estão os principais envolvidos no esquema de repasse de valores aos agentes políticos, que seriam o filho de um senador e um ex-senador

A Polícia Federal cumpre, nesta manhã de quinta-feira (16/2), mandados judiciais no Rio de Janeiro (RJ), em Belém (PA) e no Distrito Federal, na Operação Leviatã, nova fase da Operação Lava-Jato. No total, são seis ordens de busca e apreensão expedidas pelo Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) em residências de investigados e escritórios de trabalho.

De acordo com a Polícia Federal, entre os alvos estão os principais envolvidos no esquema de repasse de valores aos agentes políticos, que seriam o filho de um senador e um ex-senador ligado ao mesmo grupo político. A PF explica que não há mandados de prisão nesta fase e, por conta do segredo de Justiça, não haverá coletiva de imprensa sobre o caso. 

Belo Monte

As medidas decorrem de representação formulada pela corporação no curso da oinvestigação que apura pagamento de propina a dois partidos políticos, no percentual de 1% sobre as obras civis da Hidrelétrica de Belo Monte, por parte das empresas integrantes do consórcio construtor.

Os investigados, na medida de suas participações, devem responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Lobo do homem

O nome desta fase da operação, Leviatã, faz menção à obra do filósofo político Thomas Hobbes, que afirmou que o “homem é o lobo do homem”, comparando o Estado a um ser humano artificial criado para sua própria defesa e proteção, pois se continuasse vivendo em Estado de Natureza, guiado apenas por seus instintos, não alcançaria a paz social.
 

Descobridor

A última fase da Lava-Jato, em novembro de 2016, mirou em irregularidades nas obras no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), complexo de Manguinhos e reforma do Maracanã. A 37ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Descobridor,  atribui ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) o recebimento de R$ 2,7 milhões em propinas nas obras do Comperj. 

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