BnR. Homem se acorrenta a placa por decisão judicial de auxílio-doença em Bauru

Homem se acorrenta em frente à Justiça Federal em Bauru 

Ivair Emílio Galera, 51 anos, se acorrentou, por mais de duas horas, na tarde desta segunda-feira (13), a um poste de sinalização na quadra 21 do canteiro central da avenida Getúlio Vargas, em Bauru, em frente ao prédio da Justiça Federal, como protesto pelo atraso na concessão do auxílio-doença. Ivair desmaiou por uns instantes. A Polícia Militar cortou as correntes com um alicate e foram dados os primeiro socorros. O Samu chegou após 40 minutos do acionamento e, a princípio, o reanimou. Ele foi encaminhado para a UPA do Geisel minutos antes da chuva que atingiu Bauru.

O coordenador do Samu, Rafael Arruda, entrou em contato com o JCNET para explicar que num primeiro momento não seria função do Samu atender essa ocorrência, já que o resgate tem outras prioridades, como acidentes com traumas graves, mas atendeu diante do clamor social. Arruda detalhou que somente a partir do desmaio de Ivair o Samu deveria ter sido acionado, já que o caso exigia um atendimento social e não de urgência. 

Durante mais de duas horas, Ivair não aceitou nem tomar água, que foi oferecida pelos moradores das redondezas e por jornalistas. Ele disse que há 7 meses espera por uma decisão da Justiça. Abatido, queria que alguém do Juizado Especial da Justiça Federal fosse até o local onde se encontrava acorrentado e desse uma posição sobre o processo dele.

Ivair estava desidratado e tem um problema cardíaco grave. Ele precisa de dinheiro para comprar medicamentos caros, mas alega que faltam recursos até mesmo para a alimentação e o aluguel, que está atrasado há três meses.

Debilitado, Ivair ficou exposto ao sol e ao forte calor desde o início da tarde desta segunda-feira (13), por volta das 13h. A Polícia Militar foi acionada, mas os PMs não conseguiram convencê-lo a deixar o local. As correntes foram cortadas após ele desmaiar e ser socorrido pelo Samu. No canteiro central, ficaram os garrafinhas de água que ele recusou a beber e uma bandeira do Brasil.

Jornalistas no local também alertaram ao homem sobre o risco que ele corria sob o sol e o calor forte, já que está doente. No meio do protesto, chegaram o advogado, a esposa e uma filha. Nem eles conseguiram fazer com que Ivair desistisse - só foi vencido mesmo pelo desmaio.

Ivair diz que está há sete meses esperando decisão