Faltas foram registradas de maneira não sequencial no período de 23 de maio de 1990 a 17 de janeiro de 2017
A Prefeitura de Ribeirão Preto, em São Paulo, abriu um processo administrativo para investigar um funcionário público que teve 2.267 faltas não justificadas (equivalente a 6 anos, 2 meses e 17 dias de trabalho). A decisão de investigar o homem foi publicada na edição de quinta-feira (9/3) do Diário Oficial do município. De acordo com a portaria, as faltas foram registradas de maneira não sequencial (o que afasta a possibilidade de se tratar de um servidor fantasma), no período de 23 de maio de 1990 a 17 de janeiro de 2017.
Ainda conforme a publicação, o funcionário — identificado apenas pelas iniciais C.G. — é agente de administração e está lotado no Departamento de Água e Esgotos da cidade (DAERP). Ele será investigado por suspeita de falta de assiduidade, infração prevista na Lei Municipal. Um relatório com um parecer conclusivo sobre o processo administrativo deverá ser apresentado em até 30 dias.
Procurada pelo Correio, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou, em nota, que a atual administração do DAERP determinou a abertura do processo assim que tomou conhecimento do caso. "A intenção da atual administração é que todas as irregularidades encontradas sejam apuradas, os responsáveis sejam punidos e que qualquer dano ao erário seja ressarcido", afirma. A Prefeitura diz, também, que o funcionário não recebeu pelos dias que faltou e que, durante o período investigado, ele esteve preso por dois anos. Isso, no entanto, não fez com que ele perdesse o cargo, já que não houve, à época, um processo administrativo.
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