BnR. Marcelo Rebelo, Presidente de Portugal, passou a noite desta quarta-feira a distribuir refeições aos sem-abrigo, na rua.

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Marcelo Rebelo de ousa passou a noite desta quarta-feira a distribuir refeições a pessoas sem-abrigo, com uma equipa de voluntários do Centro de Apoio ao Sem Abrigo no Saldanha, Santa Apolónia e Praça da Alegria

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O Presidente da República esteve na quarta-feira à noite a distribuir refeições a sem-abrigo, em Lisboa, defendendo que é seu dever manter "os pés na terra" e olhar para “fatias da sociedade que estão a ficar para trás”.
“O Presidente não pode nunca deixar de ter os pés na terra, nunca! E ter os pés na terra é, permanentemente, ir vendo vários tipos de problemas como eles são, não é como os relatórios dizem que eles são”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Praça da Alegria.
Este foi o terceiro ponto de Lisboa em que o chefe de Estado esteve na quarta-feira à noite, com voluntários do Centro de Apoio aos Sem Abrigo (CASA), a distribuir refeições empacotadas, com carne ou vegetarianas, bolos e laranjas.
A presença do Presidente da República nem sempre foi notada de imediato. Um homem, natural da Guiné-Bissau, só o reconheceu já depois de ter recebido a comida das suas mãos e exclamou, surpreendido: “Ah, senhor Presidente!”.
“O senhor Presidente é que é o Presidente de todos os portugueses, sinceramente”, afirmou, em seguida.
Enquanto entregava uma refeição a outro homem, com um colete amarelo da associação CASA vestido, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu-lhe: “Faz-se um esforço, faz-se um esforço”.
O chefe de Estado juntou-se aos voluntários da CASA no Saldanha, pelas 22h, atrasado, vindo de um debate com jovens no Campo Grande, e só esteve ali cerca de dez minutos. A maioria dos sem-abrigo já tinha ido embora nessa altura.
À chegada, foi abordado por um homem que lhe perguntou por que motivo, existindo tantas associações de apoio aos sem-abrigo, não há “um refeitório condigno para eles, com pratos de louça condignos”, em vez da distribuição de refeições na rua.
Mais tarde, o Presidente da República disse aos jornalistas que a preocupação de “encontrar locais onde as pessoas possam ir comer, que não na rua”, foi um dos pontos debatidos na reunião que teve na terça-feira com seis instituições de apoio a sem-abrigo, e “corresponde a uma preocupação das instituições”.
Do Saldanha, Marcelo Rebelo de Sousa seguiu na carrinha amarela da associação CASA até à rua Mouzinho da Silveira, perto do Marquês de Pombal, onde conversou à parte com algumas pessoas que ali foram buscar comida e com duas idosas que se afastaram envergonhadas.
Marcelo correu atrás delas e abraçou-as, já na rua Alexandre Herculano, mas nenhuma delas assumiu uma situação de carência.
O Presidente da República salientou este caso e considerou que os idosos que sozinhos estão em casa numa “pobreza envergonhada” e os sem-abrigo fazem parte de “zonas da sociedade que estão a ficar assim num gueto, metidas num beco sem saída”, para as quais é preciso olhar.
“Num momento em que o desemprego começa a cair, felizmente, já está abaixo de 10% e as previsões apontam que pode ir até mais abaixo, e em que pouco a pouco começam a resolver-se alguns problemas, há fatias da sociedade que estão a ficar para trás”, realçou.
Antes de deixar a Praça da Alegria e seguir ainda para outros pontos de distribuição de refeições, Marcelo Rebelo de Sousa despediu-se do sem-abrigo guineense, que lhe contou que é natural de Catió, na zona sul do país.
O Presidente da República observou: “Eu já estive várias vezes na Guiné-Bissau, mas nunca estive na zona sul”.
“Ah, aquilo não tem estrada, só tem caminho de cabra”, retorquiu o homem, a rir, acrescentando: “Mas devagar, devagarinho, vamos construindo aquilo”.
O chefe de Estado gostou da imagem: “Isso é a minha teoria também em relação ao país. Exatamente”.

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