O Maracanã receberá um dos dez hospitais de campanha que serão construídos no estado do Rio de Janeiro
Segundo estado com mais casos confirmados do novo coronavírus no Brasil – 657, com 18 mortes -, o Rio de Janeiro vai ter pelos menos dez hospitais de campanha para ajudar a tratar os que contraírem a doença. Ao todo, as unidades anunciadas pelo governador Wilson Witzel (PSC) e pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) somam 2.400 leitos.
Witzel disse que o estado construirá oito hospitais até o dia 30 de abril. O principal deles será no Maracanã, na zona norte, com 400 vagas. Os demais terão 200 cada.
A distribuição das unidades abarca praticamente todas as áreas da cidade – a exceção é o Centro – e inclui ainda os municípios mais populosos da Região Metropolitana (São Gonçalo e Duque de Caxias) e a cidade mais populosa fora dela, Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense. O pequeno município de Casimiro de Abreu, no interior, também está na lista.
Os bairros da capital que abrigarão os hospitais anunciados pelo governo estadual são, além do Maracanã, o Leblon, na zona sul, e Bangu e Jacarepaguá, na zona oeste. No caso de Bangu, a unidade será construída no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Crivella, por sua vez, tem como principal foco a construção do hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste, com 500 leitos. Hoje, o prefeito disse que vai construir, com a ajuda do Exército, uma unidade menor em Santa Cruz, também na zona oeste, com 100 vagas.
Por outro lado, Witzel está cada vez mais irritado com as declarações do presidente que minimizam os perigos do coronavírus. A relação do governador com Crivella, neste momento, também não é das melhores.
Em entrevista coletiva nesta segunda, o mandatário estadual afirmou que considera ter poder de polícia para passar por cima de decretos municipais – isto caso o prefeito decida reabrir as escolas em abril, hipótese já aventada por ele. “Mas, se a Procuradoria-Geral do Estado entender que não tenho e que devemos ir ao Judiciário, iremos ao Judiciário”, disse.
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