Uso de cloroquina em dois casos de Belo Horizonte apresenta bons resultados

O estudo da combinação de hidroxicloroquina e azitromicina para o tratamento contra a covid-19 continua trazendo bons resultados. Especialistas utilizaram a combinação em duas pacientes internadas na UTI de um hospital em Belo Horizonte (MG). Uma das pacientes, que faz parte do grupo de risco, recebeu alta em apenas quatro dias.

Anvisa autorizou uso da droga em tratamentos do coronavírus. Droga também vem sendo utilizada em 22 casos de hospital de São Paulo

Eduardo F. Sad coordena os tratamentos com drogas em Belo Horizonte (MG)

Eduardo F. Sad coordena os tratamentos com drogas em Belo Horizonte (MG)

Reprodução Record TV
Duas pacientes que testaram positivo para o coronavírus em Belo Horizonte (MG) apresentaram bons resultados com o uso da cloroquina/hidroxicloroquina no seu tratamento. Ambas estavam internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e uma delas, que faz parte do grupo de risco, recebeu alta em apenas quatro dias.
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O médico Eduardo F. Sad, que coordena o trabalho em BH, diz que o medicamento, que já é utilizado no tratamento da artrite e lúpus, abre novas possibilidades de enfrentamento da epidemia do coronavírus e foi testado com sucesso em outros países.
"Na França, um estudo com 40 pacientes teve bons resultado. Na China, 100 pacientes que fizeram o tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina apresentaram uma recuperação melhor do que os casos que não tomaram os medicamentos", comentou o médico.
As duas pacientes de BH que usaram a droga passam bem. Uma delas, uma mulher de 49 anos, teve alta depois de quatro dias que estava sendo tratada com os dois medicamentos. Ela, inclusive, era do grupo de risco porque passou por um transplante de rim.
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A outra mulher, de 72 anos, segue na UTI, mas com boas chances de sair, segundo o médico.
Embora otimista, o médico faz um alerta: as drogas só podem ser usadas com prescrição médica, em um hospital e com acompanhamento especializado e em pacientes com as formas graves da coronavírus.
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"Esses medicamentos podem gerar efeitos colaterais importantes, inclusive arritmia cardíaca. Pacientes com nível médio não devem usar porque não estão no protocolo do estudo", ressalta Sad.

Hospital em SP usou medicamento em 22 pacientes

O Hospital Igesp, em São Paulo, adotou como protocolo o uso de hidroxicloroquina em 22 pacientes. Quatro deles estavam na UTI em estado grave e receberam alta após sete dias de uso do medicamento em associação com outras medicações.
O cardiologista Felipe Silva foi diagnosticado com coronavírus e usou hidroxicloroquina no seu tratamento.
Segundo ele, melhorou a falta de ar que sentia e houve redução na frequência da tosse. Além da hidroxicloroquina, Silva toma azitromicina. O médico, que fez três tomografia no torax desde o início do tratamento, diz que ao analisar os exames é possível observar uma boa melhora.
Anvisa autorizou uso do medicamento em testes
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira (27) que a Anvisa (Angência Nacional de Vigilância Sanintária) assinou protocolo autorizando testes de uso da cloroquina para o tratamento do coronavírus.
Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde oficializou um posicionamento autorizando que médicos usem a cloroquina/hidroxicloroquina para tratar pacientes internados em estado grave com covid-19.
A cloroquina é um remédio para tratamento de malária e lúpus e a sua eficácia e segurança no tratamento para pacientes com covid-19 estão sendo testadas.
O Ministério da Saúde anunciou também a distribuição de mais de 3 milhões de unidades dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para hospitais do país.

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