Flamengo anuncia oficialmente patrocínio de empresa de criptomoedas que pode subir 550% MCO2

 O clube com a maior torcida do futebol mundial, o Flamengo, anunciou oficialmente que a MOSS, empresa por trás da criptomoeda de créditos de carbono, MCO2, será a nova patrocinadora do time


O clube com a maior torcida do futebol mundial, o Flamengo, anunciou oficialmente que a MOSS, empresa por trás da criptomoeda de créditos de carbono, MCO2, será a nova patrocinadora do time.

Com a parceria, além do investimento, o Flamengo irá compensar as emissões do time de futebol e se tornará o maior clube carbono neutro do mundo.

“Temos em nosso território a maior floresta tropical do globo e uma série de desafios para preservá-la. Um deles é mostrar para as pessoas que querem ajudar a Amazônia que é possível fazer isso de forma segura e prática por meio da compra de créditos de carbono. Nada melhor do que uma parceria com o Flamengo e sua imensa torcida para dar visibilidade a isso”, afirma Luis Adaime, fundador e CEO da Moss.

 A marca da empresa aparecerá no meião dos jogadores e jogadoras do clube nas equipes masculina e feminina, no ônibus oficial que transporta os atletas, além dos canais oficiais do Flamengo nas redes sociais.

“Estamos muito otimistas com esta parceria. Além do aspecto financeiro, com a celebração de um contrato importante em um período de pandemia como o que estamos vivendo, temos ainda o Flamengo, mais uma vez, se posicionando na vanguarda social, como um dos primeiros clubes do mundo a assumir o compromisso de neutralização de emissões de carbono. É uma parceria que vai ajudar na divulgação de um grande  trabalho em prol do nosso planeta”, diz Gustavo de Oliveira, vice-presidente de Comunicação e Marketing do Flamengo.

Criptomoeda da MCO2 pode subir até 550%

A Moss desenvolveu uma plataforma que converte créditos de carbono em tokens (chamados MCO2), que são distribuídos em serviços de compra e venda de criptomoedas.

Quem compra esse crédito pode revendê-lo ou usá-lo para ser revertido em ações de preservação na Amazônia.

No total, mais de US$ 10 milhões já foram direcionados a projetos como o Ituxi, que ocupa uma área com extensão maior do que a da cidade de São Paulo.

É provável que o preço da MCO2 tenha uma valorização de até 550% nos próximos anos, segundo a estimativa da Moss que se baseou em estudos do mercado financeiro sobre o preço de créditos que representam a emissão de carbono na atmosfera.

De acordo com instituições como o FMI, o preço do crédito de carbono pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. Uma estimativa para o mercado aponta que cada tonelada poderá alcançar o preço de US$ 100.

Ou seja, considerando essa previsão, o preço do MCO2 pode atingir US$ 100, ou ainda, algo próximo de R$ 575, já que cada unidade da criptomoeda corresponde ao crédito de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitido.

O contrato de patrocínio entre a Moss e o Flamengo tem duração até dezembro de 2021 e envolve um investimento de R$ 3,6  milhões por parte da plataforma.

O que é Moss?

Uma das maiores plataformas ambientais do mundo que usa a tecnologia para preservar o meio ambiente. Usando a estratégia de tokenização, o ativo é direcionado para projetos de preservação do planeta. Tendo como base a compensação do uso de carbono, que toda pessoa emite durante o dia.

Projetos apoiados:
* Ituxi
* Agrocortex
* Madre De Dios
* Amazon IFM


O que são créditos de carbono? 

Certificados digitais emitidos por empresas e projetos ambientais, podendo ser negociados para suavizar as emissões de gases de efeito estufa de empresas ou indivíduos. A definição padrão de um crédito de carbono é: 1 crédito de carbono = 1 tonelada de emissão de CO2 evitada no passado Um crédito de carbono representa: 1) Uma quantidade de dióxido de carbono (CO2) que uma empresa ou indivíduo se compromete a não liberar ou evitou a liberação para a atmosfera; 2) Uma quantidade de emissões de CO2 que têm sido evitadas através de projetos ambientais ou atividades sustentáveis.

Como surgiram os créditos de carbono, e para que servem? 

Os créditos de carbono são um produto do Protocolo de Quioto. O objetivo do protocolo era reduzir a emissão de gases de efeito estufa, que aceleram o aquecimento global. O raciocínio inicial por trás da criação dos créditos de carbono era simples: as empresas que têm um nível muito alto de emissões, e não são capazes de reduzir essas emissões para atender aos requisitos de um programa ambiental voluntário ou obrigatório, podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Quando esses créditos são comprados de organizações que emitem menos gás ou de projetos ambientais, eles ajudam indiretamente nesse controle e contribuem para o desenvolvimento de comunidades que promovem a proteção da biodiversidade.

Quais são as vantagens do mercado de crédito de carbono para a floresta Amazônica? 

Valorizando as organizações que conservam e reflorestam o meio ambiente, tornamos o crédito de carbono uma forma de proteção ambiental ainda mais vantajosa. Os recursos adquiridos para manter a floresta Amazônica viva e em pé permitem às organizações ambientais, melhorando as condições das pessoas nas comunidades, criando um impacto positivo em suas vidas e no PIB da região.

Como são gerados os créditos de carbono?

Existem várias formas de gerar créditos de carbono, incluindo: conservar áreas florestais via atividade econômica sustentável, como a silvicultura ao invés da pecuária; substituir uma fonte de energia não renovável, como os combustíveis fósseis, por uma fonte de energia limpa; reflorestar uma área degradada; e investir em tecnologias ambientais.

Como é calculado o crédito de carbono?

Uma tonelada de CO2 corresponde diretamente a um crédito de carbono. Entretanto, a redução de outros gases de efeito estufa também pode ser convertida em créditos, criando assim um Equivalente de Carbono.

Quanto custa cada tonelada de crédito de carbono?

Os créditos de carbono têm um valor de mercado dinâmico, com base em forças econômicas externas incluindo a oferta e demanda, leis e regulamentos ambientais, inflação e o tipo de projeto gerador do crédito de carbono, mas o valor não se limita apenas a esses exemplos.

Qual é a posição da ONU sobre o preço do crédito de carbono?

Segundo um recente relatório do FMI, "um imposto de US$ 75/tonelada de dióxido de carbono aplicado em todo o mundo, permitiria cumprir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 2˚C sobre os níveis pré-industriais”.

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