Mulher de executivo que ocupava táxi esmagado por ônibus soube da notícia pela TV

Mulher de executivo que ocupava táxi esmagado por ônibus soube da notícia pela TV

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A mulher do executivo morto na manhã desta quarta-feira (12) em um acidente na avenida Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo disse que ficou sabendo da morte de Cyrille Fourny, 50, pela TV. Maria Tereza Fourny estava na academia e quando chegou em casa, na região do Ibirapuera, viu o acidente e identificou o carro que ele costumava usar.
Marroquino, mas criado na França, Cyrille estava no Brasil há dois anos. O executivo, que é vice presidente financeiro da Helibras, ia para o escritório da empresa na região do Campo de Marte, na zona norte. Ele estava a bordo de um táxi de luxo que próximo ao cruzamento com a rua Joaquim Nabuco acabou sendo esmagado por um ônibus no corredor da avenida. As causas do acidente ainda não forma esclarecidas.
Fourny era pai de duas crianças, uma de 9 e outra de 14 anos. Segundo a mãe, as crianças estão em choque.
"Eu estava na academia quando meu motorista disse que não iria me buscar por conta do trânsito. Fui a pé para casa quando cheguei soube da noticia pela TV. As crianças chegaram ao meio dia, contei a notícia, um gritou outro começou a chorar, estão muito abaladas", disse Maria Tereza, casada há 20 anos com o executivo.
AMAVA O BRASIL
Segundo a mulher do executivo, Cyrille amava o Brasil e planejava morar para sempre aqui. Esportista adorava jogar tênis e squash.
Segundo ela, vivia pelo trabalho, atividade que ele mais gostava de fazer. "Viajava o mundo pelo trabalho. Antes de trabalhar aqui passamos uma temporada no Canadá e na França" afirmou.
O executivo tem cinco irmãos. Cresceu na cidade de Angé, na região central da França.
De acordo com sua mulher era uma pessoa comunicativa e que vivia rodeado de amigos. "Eu briguei bastante com ele, por causa do meu gênio, mas ele nunca ousou em me destratar. Ele era Alegre e comunicativo não tinha defeitos" elogiou.
O corpo do executivo ainda está no IML (Instituto Médico Legal) Sul, na região do Brooklyn. O local do velório e do enterro ainda não foram definidos.
Segundo Maria Teresa a possibilidade enterrá-lo na França existe, porém isso ainda "não foi decidido pela família" do executivo.
MOTORISTA
O corpo do motorista do táxi, Ronaldo Voltan, 45, também está no IML, na região sul de São Paulo. Familiares estiveram no local para identificar o corpo, porém não quiseram conversar com a imprensa.
O velório e o enterro de Voltan também não foram decididos.
ACIDENTE
O acidente aconteceu por volta das 7h próximo à rua Joaquim Nabuco. Além do coletivo que atingiu o carro, um segundo ônibus também foi atingido pelo forte impacto. O acidente aconteceu no corredor de ônibus que existe na via.
Segundo o major Sérgio Watanabe da PM, tudo indica que faltou freio no ônibus que atingiu o veículo. "Não tem nenhuma marca de freio no asfalto. Teria ocorrido falha mecânica no freio", disse o oficial.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, além dos dois mortos, oito pessoas ficaram feridas. Além do taxista Ronaldo Voltan, 45, também morreu no acidente o vice-presidente financeiro da Helibras (empresa de helicópteros), Cyrille Fourny, 50. De acordo com a empresa, o executivo era francês, casado com uma brasileira com quem tinha dois filhos. No momento do acidente, ele estava a caminho da empresa.
O táxi era um Corolla preto, um modelo de luxo e que cobra tarifa diferenciada. De acordo com o gerente da SPTrans da zona sul de São Paulo, Ricardo Rocha, o veículo podia trafegar pelo corredor. Segundo a versão do motorista do coletivo que atingiu o táxi, o taxista teria fechado o coletivo que não teve tempo de frear.
A perícia vai analisar o veículo para verificar se houve alguma falha mecânica no coletivo ou se ele foi de fato fechado pelo taxista que, segundo familiares, tinha mais de 22 anos de profissão.

Acidente de ônibus e carro em São Paulo

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Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
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