Aumento de 7,64% eleva menor salário dos docentes para R$ 2.298,80
Para ajudar governadores e prefeitos no pagamento dos professores, o governo decidiu antecipar para janeiro o repasse da primeira parcela da complementação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), que seria feito em abril. Para 2017, esse repasse chega a R$ 1,3 bilhão, disse ele.
O piso salarial vale para professores com formação universitária ou que tenham nível médio das antigas escolas normais. Segundo o diretor de Imprensa do Sindicato dos Professores do DF(Sinpro), Cleber Ribeiro Soares, “dificilmente” haverá no Distrito Federal algum professor, entre os 36 mil, que receba menos que o piso local de R$ 3,2 mil. Ele crê que há cerca de 600 remanescentes da escola normal. E o fato do piso do DF estar acima do valor nacional se deve à valorização salarial dos professores locais “conquistada por nossas lutas anuais”, diz Soares.
Segundo o diretor do Sinpro-DF, há governadores fazendo pressão para acabar com o piso do magistério, “o que seria um retrocesso, pois o piso é um avanço no Brasil. Sabe-se que, quando o professor é valorizado, quem ganha é a qualidade da educação”, destacou.
Para o presidente da CNTE, Roberto de Leão, o valor está longe do ideal para a categoria. “Existe muita controvérsia sobre o cumprimento do piso no país”, disse ele. Não há penalização específica para quem descumpre e, também, não há fiscalização do governo federal. “A fiscalização é feita por nós, trabalhadores”, diz ele. Dados da CNTE apontam que 44,9% dos 5,5 mil municípios brasileiros e 14 dos 26 estados (entre eles AC, AL, AM, AP, RS, TO, SC, SE, RO, RR, RN, MS, MT, RJ) descumprem a lei e pagam abaixo do piso salarial do magistério.
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