Temer vai indicar o sucessor só somente depois que o relator da Lava-Jato for escolhido; ao menos 10 nomes postulam o cargo
A morte do ministro Teori Zavascki em um acidente aéreo na última quinta-feira, em Paraty (RJ), incendiou o cenário político e elevou a pressão de partidos e juristas para tentar influenciar na indicação do sucessor no Supremo Tribunal Federal. Embora o presidente Michel Temer tenha dito que escolherá um nome técnico, todos os cotados para o posto têm padrinhos políticos, a maioria deles envolvidos ou de partidos que estão sob investigação na Operação Lava-Jato. "Você não tem noção do clima que está na Esplanada pressionando o governo", admitiu um interlocutor do governo.
Gandra Filho tem dois aliados de peso nesse processo. O presidente do TST é ligado à direita da Igreja Católica e segue a mesma corrente religiosa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Contemplaria, portanto, o tucanato paulista. Gandra Filho também tem o apoio do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Mendes esteve reunido com Temer e o secretário do Programa de Parceria do Investimento (PPI), Wellington Moreira Franco, no domingo. De acordo com as assessorias, o trio conversou sobre a atual conjuntura do país, sem entrar em detalhes de indicações. O jurista Yves Gandra pai disse ao Correio que é amigo do presidente Temer há uns 40 anos e que, por isso, não ligou para ele para não constrangê-lo sugerindo uma indicação. “Assim, ele poderá escolher quem quiser, sem qualquer desconforto em relação a um amigo”. Mas acrescentou: “ele tem o perfil mais adequado, sem demérito dos outros bons nomes que a imprensa tem circulado”.
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