A seca não dá trégua no Nordeste, enquanto o Sudeste e o Sul sofrem com enxurradas. Estimativa é de que as precipitações se intensifiquem de janeiro até março
Do norte ao sul do país, os municípios brasileiros clamam por socorro. Ao menos 994 cidades estão em situação de emergência ou calamidade, devido a seca, estiagem, chuvas intensas ou enxurradas. O cálculo leva em conta municípios que decretaram crises climáticas e tiveram a situação reconhecida pelos governos estaduais.
O Nordeste é o mais afetado, com 844 municípios em estado de emergência. Há meses, a região tem sofrido com a forte seca. E, no momento, não há perspectiva de melhora. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a previsão de chuvas para a região é baixa. A estimativa para o fim de janeiro era de reservatórios com 32% da média histórica de capacidade, nível abaixo dos 41% projetados no início do mês.
Para a professora Conceição de Maria Alves, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), a estiagem que afeta o Nordeste é uma das piores de todos os tempos. Na avaliação dela, o quadro climático vai limitar o crescimento econômico regional. “Isso é preocupante”, analisa.
O pedido de socorro aos estados garante o acesso de prefeituras às ações de apoio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) para assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas danificadas. Somente na última semana, seis municípios decretaram situação de emergência em quatro estados: Jaíba e Rubim (MG); Coivaras (PI); Feira Nova e Poço Redondo (SE); e Mar Vermelho (AL). No Rio Grande do Sul, as cidades de Ibirapuitã e Tio Hugo foram contempladas em função de vendavais que atingiram o estado.
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