BnR. Forças Armadas vão atuar dentro dos presídios, decide Temer.


É a primeira vez que as Forças Armadas serão usadas em uma ação nas penitenciárias

 Ed Alves/CB/D.A Press


Diante da crise no sistema penitenciário, o presidente Michel Temer disponibilizou as Forças Armadas para atuarem dentro dos presídios estaduais. O efetivo cederá tecnologia e promoverá ações específicas, como inspeções nas prisões. Em reunião nesta terça-feira, ficou definido que os governadores deverão concordar com a ação do Exército, que será coordenada pelo Ministério da Defesa. É a primeira vez que as Forças Armadas serão usadas em uma ação nas penitenciárias.

"Haverá inspeções rotineiras dos presídios com vistas à detecção e à apreensão de materiais proibidos naquelas instalações. Essa operação visa a restaurar a normalidade e os padrões básicos de segurança dos estabelecimentos carcerários brasileiros", disse o porta-voz do presidente, Alexandre Parola. Não foram apresentados maiores detalhes sobre a ação, debatida nesta terça. A decisão foi tomada pelo presidente em reunião com o grupo de inteligência do governo, com a presença do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, que ocorre nesta tarde.

Enquanto Moraes reúne-se com o presidente, secretários de Segurança de todo o país estão em encontro no Ministério da Justiça para debater medidas para controlar o caos nas penitenciárias. O ministro participou da reunião pela manhã e deverá retornar. Desde o início do ano, mais de 100 presos foram mortos em rebeliões no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, a última delas.

O presidente também determinou a criação de uma comissão para reformar o Sistema Penitenciário brasileiro, com integrantes do Executivo, Judiciário, Legislativo e sociedade civil organizada. Temer também determinou a criação do comitê de integração e cooperação na área da inteligência, a exemplo do que foi feito durante as Olimpíadas. Foi determinada também a criação de  uma comissão de reforma do Sistema Penitenciário, com a participação de integrantes da Sociedade Civil, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

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